A primeira coisa a se ter em consideração quando se começar a jogar Revelations 2 -- Episode 1, é que este novo Resident Evil nada tem a ver com o anterior. Estamos na presença de uma história própria, com novos protagonistas e localizações, a única coisa que se mantém é o ambiente do título original.
Resident Evil é uma das séries mais duradouras da indústria dos videojogos. Um survival horror que se implementou de tal forma que ainda hoje continua a ter uma legião de fãs de considerável dimensão. Mas os tempos onde tudo eram elogios desapareceram e atualmente muitos fãs acusam a Capcom de ter transformado de tal forma a jogabilidade e o ambiente do jogo que o mesmo se transformou num survival action, sendo Resident Evil 5 e Resident Evil 6 os jogos que mais críticas receberam neste campo.
Como forma de contrariar esta tendência a Capcom alterou o rumo dos acontecimentos lançando Resident Evil: Revelations. O ambiente claustrofóbico voltou, assim como momentos de tensão que eram o expoente máximo da série. A reação foi tão positiva por parte da comunidade que não é de estranhar o lançamento de um segundo jogo com a mesma denominação Revelations 2. Este segundo jogo tem a particularidade de ser lançado por episódios e não estar diretamente ligado ao primeiro Revelations.
Como forma de contrariar esta tendência a Capcom alterou o rumo dos acontecimentos lançando Resident Evil: Revelations. O ambiente claustrofóbico voltou, assim como momentos de tensão que eram o expoente máximo da série. A reação foi tão positiva por parte da comunidade que não é de estranhar o lançamento de um segundo jogo com a mesma denominação Revelations 2. Este segundo jogo tem a particularidade de ser lançado por episódios e não estar diretamente ligado ao primeiro Revelations.
Este jogo assenta numa perspetiva de cooperação entre as diferentes personagens. Claire Redfield e Moira Burton numa primeira fase da aventura e Barry Burton com uma, mais que nada, curiosa companheira de nome Natalia Korda.
A jogabilidade de Revelations 2 está intimamente associada às diferentes personagens e às suas habilidades. Claire, tal como Barry, são personagens conhecidas, cujas capacidades são as típicas no que ao protagonista se refere. Pode afirmar-se que a desigualdade entre os dois está intimamente associada ao arsenal que têm ao seu dispor. Claire usa uma pistola e com o decorrer da história encontra uma caçadeira, já Barry, para além da tradicional pistola, tem no seu arsenal uma metralhadora e uma Magnum. Como se torna óbvio, a função dos dois é a de manter o companheiro de turno a salvo através do uso das respetivas capacidades bélicas.
A grande diferença, desta forma, prende-se com os companheiros ao dispor, Moira não usa armas de fogo, apenas um pé de cabra e uma lanterna que pode apontar aos inimigos, esta ação impede-os de ver fornecendo-nos uma oportunidade de ataque. Natalia, uma pequena rapariga de tenra idade, tem a sobrenatural capacidade de ver através das paredes e, tal como Moira, tem como função primordial a identificação de itens escondidos.
A jogabilidade de Revelations 2 está intimamente associada às diferentes personagens e às suas habilidades. Claire, tal como Barry, são personagens conhecidas, cujas capacidades são as típicas no que ao protagonista se refere. Pode afirmar-se que a desigualdade entre os dois está intimamente associada ao arsenal que têm ao seu dispor. Claire usa uma pistola e com o decorrer da história encontra uma caçadeira, já Barry, para além da tradicional pistola, tem no seu arsenal uma metralhadora e uma Magnum. Como se torna óbvio, a função dos dois é a de manter o companheiro de turno a salvo através do uso das respetivas capacidades bélicas.
A grande diferença, desta forma, prende-se com os companheiros ao dispor, Moira não usa armas de fogo, apenas um pé de cabra e uma lanterna que pode apontar aos inimigos, esta ação impede-os de ver fornecendo-nos uma oportunidade de ataque. Natalia, uma pequena rapariga de tenra idade, tem a sobrenatural capacidade de ver através das paredes e, tal como Moira, tem como função primordial a identificação de itens escondidos.
A primeira parte de Revelations 2 -- Episode 1 assenta em Claire e Moira.
Ambas são emboscadas logo no início do jogo e levadas para uma prisão. O jogo começa com as protagonistas a serem estranhamente libertadas e deixadas à mercê de uma prisão infestada de zombies (embora zombies seja nesta altura uma palavra de difícil utilização, pelo menos na definição clássica do termo). A fuga delas enquadra uma jogabilidade e ambiente semelhante aos antigos jogos da franquia.
Podemos alternar entre as duas personagens com um simples clicar de um botão, o que modifica significativamente a jogabilidade. É uma adição que acaba por valorizar a experiência.
Cabe-me ainda destacar que Moira não se transforma numa adição totalmente positiva. Os diálogos são muitas vezes irrelevantes e enfadonhos não criando a necessária empatia com a personagem. A sua “assistência”, contrariamente à sua congénere da segunda parte, também é infinitamente menos satisfatória. Com o evoluir da narrativa espera-se mais desta personagem.
Ambas são emboscadas logo no início do jogo e levadas para uma prisão. O jogo começa com as protagonistas a serem estranhamente libertadas e deixadas à mercê de uma prisão infestada de zombies (embora zombies seja nesta altura uma palavra de difícil utilização, pelo menos na definição clássica do termo). A fuga delas enquadra uma jogabilidade e ambiente semelhante aos antigos jogos da franquia.
Podemos alternar entre as duas personagens com um simples clicar de um botão, o que modifica significativamente a jogabilidade. É uma adição que acaba por valorizar a experiência.
Cabe-me ainda destacar que Moira não se transforma numa adição totalmente positiva. Os diálogos são muitas vezes irrelevantes e enfadonhos não criando a necessária empatia com a personagem. A sua “assistência”, contrariamente à sua congénere da segunda parte, também é infinitamente menos satisfatória. Com o evoluir da narrativa espera-se mais desta personagem.
A segunda parte começa com Barry chegando a terra num barco e encontrando-se com a misteriosa Natalia. Barry na procura da sua filha forma uma estranha aliança com esta misteriosa miúda.
Mal o jogo nos permite o controlo de Barry é fácil de verificar que estamos na presença de outro tipo de poder de fogo. Barry fornece aos jogadores um sentimento mais aproximado aos recentes Resident Evil. Se inicialmente se fica com a sensação que a partir de agora vai ser “sempre a abrir”, rapidamente nos apercebemos que Natalia nos fornece uma variação na jogabilidade muito diferente da fornecida por Moira. Natalia consegue ver vultos por trás das paredes facilitando a descoberta dos inimigos, esse fator ajuda significativamente uma nova opção estratégica, descrição (stealth). Agachados podemos passar pelos zombies sem que estes se apercebam da nossa presença. Se a situação o facilitar, podemos apanhar os inimigos por trás e através de um combo eliminá-los sem grande esforço. Apesar do poder de Barry, não são raras as vezes que esta segunda opção acaba por ser a mais interessante ou mesmo a mais aconselhável.
Natalia é uma personagem já de si interessante, mas a forma como evolui no relacionamento com Barry torna a experiência mais compensadora aumentando a imersão e deste modo a nossa preocupação com o seu bem-estar.
Mal o jogo nos permite o controlo de Barry é fácil de verificar que estamos na presença de outro tipo de poder de fogo. Barry fornece aos jogadores um sentimento mais aproximado aos recentes Resident Evil. Se inicialmente se fica com a sensação que a partir de agora vai ser “sempre a abrir”, rapidamente nos apercebemos que Natalia nos fornece uma variação na jogabilidade muito diferente da fornecida por Moira. Natalia consegue ver vultos por trás das paredes facilitando a descoberta dos inimigos, esse fator ajuda significativamente uma nova opção estratégica, descrição (stealth). Agachados podemos passar pelos zombies sem que estes se apercebam da nossa presença. Se a situação o facilitar, podemos apanhar os inimigos por trás e através de um combo eliminá-los sem grande esforço. Apesar do poder de Barry, não são raras as vezes que esta segunda opção acaba por ser a mais interessante ou mesmo a mais aconselhável.
Natalia é uma personagem já de si interessante, mas a forma como evolui no relacionamento com Barry torna a experiência mais compensadora aumentando a imersão e deste modo a nossa preocupação com o seu bem-estar.
Estamos a falar de um episódio com um tempo de duração não superior a três horas. Sem andar a correr pelos cenários demorei duas horas, por isso alguém com extrema habilidade não terá dificuldades em resumir este episódio a uma hora de duração.
O ambiente torna-se mais claustrofóbico na secção inicial, por um lado, isso traduz-se numa maior tensão, mas a longo prazo torna a experiência menos diversificada e monótona. A segunda parte do jogo apresenta áreas abertas e fechadas e vai alternando entre elas, o que fornece uma variedade muito satisfatória. Este fator associado à já referida alternativa na jogabilidade dos personagens torna a segunda parte do jogo muito mais atrativa do que a inicial.
O jogo parece enveredar por algumas secções em que os puzzles estarão presentes, mas isso não se verifica, sendo estas “missões” apenas uma desculpa para deslocar as personagens a um determinado local. Não se verifica necessidade de pensar, basta apenas percorrer o mapa até atingir o objetivo pretendido.
O ambiente torna-se mais claustrofóbico na secção inicial, por um lado, isso traduz-se numa maior tensão, mas a longo prazo torna a experiência menos diversificada e monótona. A segunda parte do jogo apresenta áreas abertas e fechadas e vai alternando entre elas, o que fornece uma variedade muito satisfatória. Este fator associado à já referida alternativa na jogabilidade dos personagens torna a segunda parte do jogo muito mais atrativa do que a inicial.
O jogo parece enveredar por algumas secções em que os puzzles estarão presentes, mas isso não se verifica, sendo estas “missões” apenas uma desculpa para deslocar as personagens a um determinado local. Não se verifica necessidade de pensar, basta apenas percorrer o mapa até atingir o objetivo pretendido.
Existem opções para continuar a usufruir da experiência após a conclusão do jogo como por exemplo o modo Raid. Aqui temos que combater os inimigos em diferentes circunstâncias e ambientes usando o nosso poder de fogo. O objetivo é recolher recompensas, geralmente na forma de armas. Devido às suas características muito próprias transforma-se numa experiência completamente diferente da história principal.
Poderia falar do co-op, mas a versão analisada é a de PC, que não conta com esta opção de raiz. Refira-se a falta de respeito da Capcom para com os jogadores de PC.
Poderia falar do co-op, mas a versão analisada é a de PC, que não conta com esta opção de raiz. Refira-se a falta de respeito da Capcom para com os jogadores de PC.
Conclusões:
Resident Evil: Revelations 2 -- Episode 1 é um jogo interessante que ressuscita o ambiente que se fazia sentir nos jogos mais antigos.
Fornece um leque interessante de alternativas na jogabilidade, assim como uma narrativa apelativa que vai aumentando o nosso interesse à medida que as questões crescem e as dúvidas aumentam.
As personagens, com exceção de Moira, são interessantes, com particular relevância para a pequena Natalia. Os diálogos são um fator a rever uma vez que se tornam em certos casos banais e não emotivos o suficiente para criar um aceitável processo de imersão.
Os “zombies” poderiam mostrar uma maior diversidade, mas a verdade é que estamos ainda numa fase inicial e seria complicado expor logo de entrada todos os trunfos.
O jogo termina com uma nova revelação que nos cria uma vontade de continuar neste universo. O facto desse sentimento existir é uma prova de que o jogo conseguiu atingir o objetivo de cativar quem o experimenta.
Pontos Positivos:
Pontos Negativos:
Nota Final: 75/100 (a nota final seria provavelmente um 80/100 caso o modo Co-op estivesse disponível)
Alternativas:
- Resident Evil: Revelations
- Dead Space
- Resident Evil Trilogy
Por Blindsnake
Resident Evil: Revelations 2 -- Episode 1 é um jogo interessante que ressuscita o ambiente que se fazia sentir nos jogos mais antigos.
Fornece um leque interessante de alternativas na jogabilidade, assim como uma narrativa apelativa que vai aumentando o nosso interesse à medida que as questões crescem e as dúvidas aumentam.
As personagens, com exceção de Moira, são interessantes, com particular relevância para a pequena Natalia. Os diálogos são um fator a rever uma vez que se tornam em certos casos banais e não emotivos o suficiente para criar um aceitável processo de imersão.
Os “zombies” poderiam mostrar uma maior diversidade, mas a verdade é que estamos ainda numa fase inicial e seria complicado expor logo de entrada todos os trunfos.
O jogo termina com uma nova revelação que nos cria uma vontade de continuar neste universo. O facto desse sentimento existir é uma prova de que o jogo conseguiu atingir o objetivo de cativar quem o experimenta.
Pontos Positivos:
- Ambiente sinistro e de alta intensidade.
- Narrativa aberta com constante incremento de informações que aumentam as expetativas para o segundo episódio.
- Jogabilidade diversificada e original face a títulos anteriores.
Pontos Negativos:
- A narrativa, apesar de aberta, é em certas alturas extremamente básica, assim como os diálogos entre as personagens.
- A primeira parte do jogo acaba por se tornar monótona com o passar do tempo.
- Falta de variedade nos inimigos (embora o fator tempo deva ser considerado).
- Falta de Co-op na versão em análise (PC).
Nota Final: 75/100 (a nota final seria provavelmente um 80/100 caso o modo Co-op estivesse disponível)
Alternativas:
- Resident Evil: Revelations
- Dead Space
- Resident Evil Trilogy
Por Blindsnake