O terceiro episódio chegou finalmente e com ele o fim desta pequena passagem pela história de Michonne.
Após as análises feitas aos episódios 1 e 2 seria redundante voltar a referir a jogabilidade e o nível gráfico. Os jogos da Telltale têm um estilismo tão próprio que nada mais se pode acrescentar a não ser que já se exigia uma pequena evolução, por mais pequena que fosse.
Relativamente à jogabilidade, sabíamos de antemão que também não houve evoluções, portanto tudo se centrou num fator essencial e no ponto de maior destaque da Telltale, a história e o desenvolvimento das diferentes personagens.
Esta análise vai ser objetivamente centrada neste último episódio mas não deixará de ser uma análise geral aos três.
Relativamente à jogabilidade, sabíamos de antemão que também não houve evoluções, portanto tudo se centrou num fator essencial e no ponto de maior destaque da Telltale, a história e o desenvolvimento das diferentes personagens.
Esta análise vai ser objetivamente centrada neste último episódio mas não deixará de ser uma análise geral aos três.
Quando a Telltale decidiu ir buscar uma das personagens mais emblemáticas de The Walkind Dead para protagonista muitos questionaram não só a escolha como os possíveis efeitos na interpretação dessa personagem.
Como é norma, a Telltale não falhou no essencial, dar-nos uma nova perspetiva de interpretação da personagem desde as suas motivações à sua forma de ser e estar. Quando terminamos o jogo olhamos para Michonne de uma maneira especial, de uma maneira que os comics e a série nunca nos chegaram a mostrar.
Mas The Walking Dead: Michonne é um jogo demasiadamente centrado na sua personagem principal e isso faz que o resultado final seja o de quase todas as restantes personagens terem um papel tão secundário que não conseguem assumir-se como relevantes no desenvolvimento da trama. A série The Walking Dead sempre se pautou pela importância das personagens que nos circundam pois é o medo de perda que cria a tensão dos diferentes momentos. Se não nos importarmos o suficiente com as personagens não temos motivos para nos preocupar e, deste modo, o principal foco deste tipo de jogos (proporcionar emoções) perde-se totalmente. E este facto é um dos pontos mais penalizadores deste jogo, a perda de identidade.
Como é norma, a Telltale não falhou no essencial, dar-nos uma nova perspetiva de interpretação da personagem desde as suas motivações à sua forma de ser e estar. Quando terminamos o jogo olhamos para Michonne de uma maneira especial, de uma maneira que os comics e a série nunca nos chegaram a mostrar.
Mas The Walking Dead: Michonne é um jogo demasiadamente centrado na sua personagem principal e isso faz que o resultado final seja o de quase todas as restantes personagens terem um papel tão secundário que não conseguem assumir-se como relevantes no desenvolvimento da trama. A série The Walking Dead sempre se pautou pela importância das personagens que nos circundam pois é o medo de perda que cria a tensão dos diferentes momentos. Se não nos importarmos o suficiente com as personagens não temos motivos para nos preocupar e, deste modo, o principal foco deste tipo de jogos (proporcionar emoções) perde-se totalmente. E este facto é um dos pontos mais penalizadores deste jogo, a perda de identidade.
Outro fator negativo é a sensação de vazio temporal deste episódio. Chegamos ao fim muito rapidamente. What We Deserve é um dos episódios mais pequenos já feitos pela Telltale. Aqui há que referir dois pontos: o episódio é efetivamente curto, mas a forma como é apresentado, através de grande dinamismo, também ajuda a transmitir a sensação de escassez de tempo de jogo.
Sem muitas demoras, entramos na ação que se prolonga praticamente até ao final do jogo. Michonne é de longe a personagem jogável com mais capacidade de luta até ao momento. Os desmembramentos e a aniquilação fácil dos walkers modifica a visão deste universo pois estes tornam-se simples figurantes com pouco impacto.
Sem muitas demoras, entramos na ação que se prolonga praticamente até ao final do jogo. Michonne é de longe a personagem jogável com mais capacidade de luta até ao momento. Os desmembramentos e a aniquilação fácil dos walkers modifica a visão deste universo pois estes tornam-se simples figurantes com pouco impacto.
Mas se os fatores negativos são consideráveis, também há uma nova forma de contar uma história. Michonne é, enquanto personagem, uma força da natureza totalmente despedaçada. A “morte” das suas filhas atormenta-a constantemente e What We Deserve procura levar a personagem ao mais íntimo dos seus sentimentos. Desde o primeiro episódio que se procurou ver que estávamos na presença de alguém totalmente despedaçado; este episódio final é o culminar de toda a destruição interna de Michonne.
Apesar de as decisões tomadas parecerem irrelevantes face à luta interior da personagem, a verdade é que a Telltale consegue neste ponto transmitir o sentimento de perda, sofrimento e redenção.
Apesar de as decisões tomadas parecerem irrelevantes face à luta interior da personagem, a verdade é que a Telltale consegue neste ponto transmitir o sentimento de perda, sofrimento e redenção.
Avaliação Final (dos três episódios)
71/100
The Walking Dead: Michonne foi criado com base em três episódios, esta ação limitou objectivamente o trabalho dos escritores do jogo pois o tempo de desenvolvimento de personagens tornou-se muito mais reduzido que o normal (cinco episódios). Para resolver o problema centraram-se na personagem principal e se neste ponto o trabalho foi excelente a verdade é que resultou num completo esquecimento das restantes personagens. O sentimento de urgência e preocupação perdeu-se acabando por levar-nos a apenas nos preocuparmos com Michonne.
A fórmula começa a ficar gasta, cada vez há menos espaço à exploração, puzzles nem vê- -los e o caminho a seguir fica ainda mais linear do que efetivamente já é. A Telltale precisa de inovar e já não é só na jogabilidade. Provavelmente por excesso de trabalho, cada vez mais as histórias estão a perder a sua profundidade e qualidade. O caminho não é o correto e isso torna-se óbvio quando os episódios são cada vez mais pequenos.
É um jogo que vale a pena jogar porque nos permite conhecer o passado de Michonne e entender a sua maneira de ser e sentir. A questão é que comprar o jogo apenas por uma personagem é capaz de ser excessivo.
A nota final do episódio 3 seria um 70/100.
Prós
Contras
Por: Blindsnake
71/100
The Walking Dead: Michonne foi criado com base em três episódios, esta ação limitou objectivamente o trabalho dos escritores do jogo pois o tempo de desenvolvimento de personagens tornou-se muito mais reduzido que o normal (cinco episódios). Para resolver o problema centraram-se na personagem principal e se neste ponto o trabalho foi excelente a verdade é que resultou num completo esquecimento das restantes personagens. O sentimento de urgência e preocupação perdeu-se acabando por levar-nos a apenas nos preocuparmos com Michonne.
A fórmula começa a ficar gasta, cada vez há menos espaço à exploração, puzzles nem vê- -los e o caminho a seguir fica ainda mais linear do que efetivamente já é. A Telltale precisa de inovar e já não é só na jogabilidade. Provavelmente por excesso de trabalho, cada vez mais as histórias estão a perder a sua profundidade e qualidade. O caminho não é o correto e isso torna-se óbvio quando os episódios são cada vez mais pequenos.
É um jogo que vale a pena jogar porque nos permite conhecer o passado de Michonne e entender a sua maneira de ser e sentir. A questão é que comprar o jogo apenas por uma personagem é capaz de ser excessivo.
A nota final do episódio 3 seria um 70/100.
Prós
- Conhecer o passado de Michonne
- Ação visceral e muito mais dinâmica que noutras séries da Telltale.
- Certas decisões e momentos de grande tensão
Contras
- Excessivamente curto
- Descuido na interligação emocional das personagens
- Extremamente linear e com espaços de exploração muito reduzidos
Por: Blindsnake