Hotline Miami 2 é um jogo feito apenas para os fãs do original, trazendo de volta tudo o que havia no primeiro mas em maior escala. Podem contar com mais da jogabilidade frenética, da violência e da história que tornaram Hotline Miami um sucesso.
Antes de mais nada é preciso saberem que a jogabilidade é a mesma do jogo original. Chegamos aos locais onde os níveis se passam e devemos eliminar todos os presentes. As bases mantiveram-se intactas. A grande diferença relacionada com este campo é que agora não controlamos apenas uma personagem (com as diferentes máscaras) mas toda uma panóplia delas, com histórias interligadas. As personagens diferem entre si a nível do que podem fazer (algumas podem fazer uma cambalhota para se desviarem dos inimigos, outros começam com 2 metralhadoras, etc...) e algumas têm inclusive até três diferentes máscaras com diferentes efeitos para escolherem (se bem que os efeitos das diferentes máscaras são quase iguais entre as personagens). Tirando este ou outro detalhe, as diferenças não fogem no entanto ao que já vimos nas máscaras do jogo original e no geral há menos escolha neste campo. Esta decisão, de limitar a maneira como os jogadores tratam de cada nível parece ter sido propositada, perdendo desta maneira o jogo alguma liberdade em nome de uma jogabilidade mais controlada por parte dos designers dos níveis, e há de facto vários níveis que parecem ter sido desenhados de forma a serem passados de maneiras mais ou menos predefinidas, outro fator que aponta nesta direção é a remoção das armas aleatórias. Em Hotline Miami, cada nível tinha vários pontos em que armas faziam spawn, sendo que qualquer arma podia surgir em qualquer local. Na minha opinião, isto é algo que retira algum daquele "feeling" arcada que o jogo anterior transpirava pois limita não só a maneira como nós planeamos passar o nível como remove quase toda a necessidade de nos adaptarmos a novas situações cada vez que jogamos o nível, o que por sua vez pode tirar parte do valor de repetição ao jogo...
Os níveis são agora mais e maiores também, o que pode não ser tão positivo como soa. O facto de os níveis serem maiores e de o jogo ser muito mais difícil que o original (para terem uma ideia, a curva de dificuldade parece começar onde a do original acaba), o que pode dar azo a situações frustrantes para alguns jogadores que tenham que repetir várias vezes níveis mais longos. O tamanho dos níveis no primeiro jogo parecia ser o ideal, visto apesar serem desafiantes e o jogador tivesse que os repetir muitas vezes, não se notava tanto por serem mais rápidos de passar. Se querem outro exemplo de jogo que faz isto bem têm Super Meat Boy. Os níveis são difíceis, vão requerer que o jogador os repita uma e outra vez, mas demoram apenas alguns segundos, o que não causa frustração se por exemplo morrerem perto do fim.
O facto de o jogo ter uma longevidade maior é no entanto algo muito bem vindo pelos fãs, podendo também contar com um modo hard em que os níveis sofrem algumas alterações, como ficarem espelhados em relação aos "normais", serem adicionados novos inimigos, armas de fogo com menos munições. Um desafio que faz as delícias dos fãs e dos masoquistas... Mas se preferem provocar sofrimento noutras pessoas, um editor de níveis já foi também prometido, permitindo-vos criar e partilhar os vossos próprios níveis usando os objetos presentes no jogo.
Os controlos do jogo, apesar de serem absolutamente iguais ao do original, parecem ser mais "pesados" do que neste no que toca à movimentação da personagem, algo que se irá estranhar ao princípio mas que rápido se desvanece. Indica também que houve um maior cuidado em fazer o jogo mais acessível usando um comando em vez de um rato e teclado, e posso dizer que o jogo se joga muito bem usando um (nos níveis em modo normal, com a falta da mira lock-on no modo hard é horripilante) e fica aqui o aviso a quem vai jogar o jogo com rato e teclado: ao começarem, a primeira coisa que devem fazer é dirigir-se às opções e mudar o tipo de controlo de "Analogue" (a predefinição) para "Digital" de forma a evitarem alguns problemas e no geral melhorarem muito a experiência.
Os níveis são agora mais e maiores também, o que pode não ser tão positivo como soa. O facto de os níveis serem maiores e de o jogo ser muito mais difícil que o original (para terem uma ideia, a curva de dificuldade parece começar onde a do original acaba), o que pode dar azo a situações frustrantes para alguns jogadores que tenham que repetir várias vezes níveis mais longos. O tamanho dos níveis no primeiro jogo parecia ser o ideal, visto apesar serem desafiantes e o jogador tivesse que os repetir muitas vezes, não se notava tanto por serem mais rápidos de passar. Se querem outro exemplo de jogo que faz isto bem têm Super Meat Boy. Os níveis são difíceis, vão requerer que o jogador os repita uma e outra vez, mas demoram apenas alguns segundos, o que não causa frustração se por exemplo morrerem perto do fim.
O facto de o jogo ter uma longevidade maior é no entanto algo muito bem vindo pelos fãs, podendo também contar com um modo hard em que os níveis sofrem algumas alterações, como ficarem espelhados em relação aos "normais", serem adicionados novos inimigos, armas de fogo com menos munições. Um desafio que faz as delícias dos fãs e dos masoquistas... Mas se preferem provocar sofrimento noutras pessoas, um editor de níveis já foi também prometido, permitindo-vos criar e partilhar os vossos próprios níveis usando os objetos presentes no jogo.
Os controlos do jogo, apesar de serem absolutamente iguais ao do original, parecem ser mais "pesados" do que neste no que toca à movimentação da personagem, algo que se irá estranhar ao princípio mas que rápido se desvanece. Indica também que houve um maior cuidado em fazer o jogo mais acessível usando um comando em vez de um rato e teclado, e posso dizer que o jogo se joga muito bem usando um (nos níveis em modo normal, com a falta da mira lock-on no modo hard é horripilante) e fica aqui o aviso a quem vai jogar o jogo com rato e teclado: ao começarem, a primeira coisa que devem fazer é dirigir-se às opções e mudar o tipo de controlo de "Analogue" (a predefinição) para "Digital" de forma a evitarem alguns problemas e no geral melhorarem muito a experiência.
Passando agora ao estilo de arte/gráficos, é óbvio que se mantiveram inalterados. Muito dos material usado foi reciclado directamente de Hotline Miami, sendo a maior diferença entre os dois o novo ecrã de loading... Isto é algo que já se sabia desde que o jogo foi anunciado e devido ao estilo de arte muito próprio da série é algo perfeitamente normal e algo que qualquer fã inclusive agradece. Simplesmente adicionaram um número maior de localizações diferentes, como por exemplo cargueiros, oficinas de automóveis, um clube de strip escuro entre outras.
A soundtrack do jogo é tão boa ou melhor do que a do anterior, que foi vista como uma das melhores alguma vez encontradas num videojogo por muita gente. O estilo musical é o mesmo e, à semelhança do que aconteceu com o estilo gráfico, ninguém esperava mudanças neste campo em particular.
A soundtrack do jogo é tão boa ou melhor do que a do anterior, que foi vista como uma das melhores alguma vez encontradas num videojogo por muita gente. O estilo musical é o mesmo e, à semelhança do que aconteceu com o estilo gráfico, ninguém esperava mudanças neste campo em particular.
Finalmente vou falar da história.
A história é talvez o maior presente para os fãs neste jogo. Apresentada de maneira sublime, mostrando as várias personagens alternadamente, com constantes analepses e respondendo a perguntas deixadas pelo original de maneiras incrivelmente subjetivas, dando azo a novas teorias, entre os amantes dos jogos é sem dúvida uma das narrativas que mais agarra o jogador nos últimos anos. No entanto, alguém que por alguma razão decida saltar o primeiro jogo (erro crasso, em diversos sentidos), não irá saber o que se está a passar, pelo que torno a avisar: Wrong Number é uma sequela feita, não para conseguir novos fãs, mas para agradar aos fãs do primeiro. Absolutamente genial é o único que posso dizer e urjo com quem não jogou ainda este (e o primeiro) a o fazerem o mais rapidamente possível, não mais pela história.
Resumindo tudo o que disse, Hotline Miami 2 é um jogo cuja maior virtude é o de ser praticamente igual ao original, sendo que alguns dos pontos em que brilha menos são aqueles em que mais se tentou inovar. O seu maior pecado é também o de ser demasiado igual ao original, alienando qualquer um que não o tenha jogado. Quem gostou do primeiro, certamente irá adorar este, mas quem não gostou não vai mudar de ideias e quem não jogou está severamente limitado em vários aspetos porque os jogos foram pensados para serem jogados de seguida e de facto esta é a única maneira de verdadeiramente se apreciar Hotline Miami 2.
Podem ler a review a Hotline Miami aqui.
8/10
Jackhitman
A história é talvez o maior presente para os fãs neste jogo. Apresentada de maneira sublime, mostrando as várias personagens alternadamente, com constantes analepses e respondendo a perguntas deixadas pelo original de maneiras incrivelmente subjetivas, dando azo a novas teorias, entre os amantes dos jogos é sem dúvida uma das narrativas que mais agarra o jogador nos últimos anos. No entanto, alguém que por alguma razão decida saltar o primeiro jogo (erro crasso, em diversos sentidos), não irá saber o que se está a passar, pelo que torno a avisar: Wrong Number é uma sequela feita, não para conseguir novos fãs, mas para agradar aos fãs do primeiro. Absolutamente genial é o único que posso dizer e urjo com quem não jogou ainda este (e o primeiro) a o fazerem o mais rapidamente possível, não mais pela história.
Resumindo tudo o que disse, Hotline Miami 2 é um jogo cuja maior virtude é o de ser praticamente igual ao original, sendo que alguns dos pontos em que brilha menos são aqueles em que mais se tentou inovar. O seu maior pecado é também o de ser demasiado igual ao original, alienando qualquer um que não o tenha jogado. Quem gostou do primeiro, certamente irá adorar este, mas quem não gostou não vai mudar de ideias e quem não jogou está severamente limitado em vários aspetos porque os jogos foram pensados para serem jogados de seguida e de facto esta é a única maneira de verdadeiramente se apreciar Hotline Miami 2.
Podem ler a review a Hotline Miami aqui.
8/10
Jackhitman
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