Michonne continua a sua aventura revelando uma excelente capacidade física, isto à medida que vai cortando os seus inimigos em pedaços.
Não vale a pena tentar fugir ao óbvio da questão, o modelo episódico da Telltale começa a dar sinais de desgaste. Se a nível de jogabilidade isso já é negativo, a redução qualitativa a nível de história é um problema de enormes proporções.
Mas comecemos pelo princípio: o modelo episódico cria óbvios problemas de análise à qualidade de um jogo. Pouco se pode esperar a nível de jogabilidade que já não tenha sido exibido e como tal tudo se centra no fator surpresa e no evoluir do circuito narrativo e desenvolvimento das personagens. Mas se este facto complica uma análise de, por exemplo, cinco episódios, pior será na presença de uma série com apenas três episódios.
Mas comecemos pelo princípio: o modelo episódico cria óbvios problemas de análise à qualidade de um jogo. Pouco se pode esperar a nível de jogabilidade que já não tenha sido exibido e como tal tudo se centra no fator surpresa e no evoluir do circuito narrativo e desenvolvimento das personagens. Mas se este facto complica uma análise de, por exemplo, cinco episódios, pior será na presença de uma série com apenas três episódios.
Michonne é objetivamente o centro desta aventura. Não se esperava obviamente outra coisa, especialmente tendo em consideração o título do jogo, mas torna-se complicado assistir a uma evolução da narrativa sem que outras personagens assumam um papel mais intenso dentro da história.
A história em Give No Shelter é extremamente básica e sem grandes desenvolvimentos. Michonne tem essencialmente de sobreviver a vagas de walkers enquanto procura fugir dos inimigos originários do episódio anterior.
Neste processo de luta pela salvação mais personagens são adicionadas à história, alguns deles com muitas possibilidades de valor acrescentado. Mas este The Walking Dead não se preocupa muito em criar laços afetivos com as diferentes personagens, a morte está sempre ao virar da esquina e não há suficientes pausas e momentos de confraternização para sequer nascer remorsos pelos acontecimentos à nossa volta.
A história em Give No Shelter é extremamente básica e sem grandes desenvolvimentos. Michonne tem essencialmente de sobreviver a vagas de walkers enquanto procura fugir dos inimigos originários do episódio anterior.
Neste processo de luta pela salvação mais personagens são adicionadas à história, alguns deles com muitas possibilidades de valor acrescentado. Mas este The Walking Dead não se preocupa muito em criar laços afetivos com as diferentes personagens, a morte está sempre ao virar da esquina e não há suficientes pausas e momentos de confraternização para sequer nascer remorsos pelos acontecimentos à nossa volta.
Apesar de as preocupações serem reduzidas, as decisões, e esta é a parte irónica da situação, estão ao rubro neste episódio. Logo no início temos que questionar o resultado futuro das nossas ações, e assim é até ao finalizar do episódio. Não há decisões perfeitas ou que se traduzam em resultados satisfatórios, há ação-reação, ato e consequência. No fundo, o que espera dos jogos da Telltale.
Give No Shelter vive, muito mais que o seu antecessor, In Too Deep, da alma de Michonne e da necessidade dela de viver com os seus fantasmas, as suas duas filhas desaparecidas. Apesar de incluir mais personagens de apoio à narrativa, a história torna-se muito mais pessoal e sensível à sua personagem principal. E é exatamente neste ponto que o jogo cresce para um patamar mais em sintonia com os seus predicados, quando vemos os efeitos não físicos mas sim emocionais do que é a vida num mundo onde a destruição está presente ao virar da esquina.
Give No Shelter vive, muito mais que o seu antecessor, In Too Deep, da alma de Michonne e da necessidade dela de viver com os seus fantasmas, as suas duas filhas desaparecidas. Apesar de incluir mais personagens de apoio à narrativa, a história torna-se muito mais pessoal e sensível à sua personagem principal. E é exatamente neste ponto que o jogo cresce para um patamar mais em sintonia com os seus predicados, quando vemos os efeitos não físicos mas sim emocionais do que é a vida num mundo onde a destruição está presente ao virar da esquina.
Avaliação Final
72/100
The Walking Dead: Michonne — Episode 2: Give No Shelter é o jogo onde o desenvolvimento das personagens devia atingir o seu pico. Infelizmente isto só se verifica em Michonne, que novamente é a estrela exclusiva do episódio.
Apesar das limitações em certos pontos narrativos, Give No Shelter é muito mais intenso que In Too Deep, observando-se escolhas muito mais complexas em que os resultados são realmente postos em causa. A ação é muito mais abrangente a contínua, o que faz que se sinta que o episódio em si é mais curto.
O final abre horizontes relativamente ao último episódio com as consequências das nossas ações a serem certamente postas em causa. O apetite está presente, mas a sensação de cansaço também. Tem a palavra a Telltale.
Prós
Contras
Por: Blindsnake
72/100
The Walking Dead: Michonne — Episode 2: Give No Shelter é o jogo onde o desenvolvimento das personagens devia atingir o seu pico. Infelizmente isto só se verifica em Michonne, que novamente é a estrela exclusiva do episódio.
Apesar das limitações em certos pontos narrativos, Give No Shelter é muito mais intenso que In Too Deep, observando-se escolhas muito mais complexas em que os resultados são realmente postos em causa. A ação é muito mais abrangente a contínua, o que faz que se sinta que o episódio em si é mais curto.
O final abre horizontes relativamente ao último episódio com as consequências das nossas ações a serem certamente postas em causa. O apetite está presente, mas a sensação de cansaço também. Tem a palavra a Telltale.
Prós
- Ação variada e momentos de grande intensidade
- Michonne e a sua luta interior
- Escolhas mais complexas e com resultados incerto
Contras
- Continuam a faltar personagens marcantes
- Desenvolvimento de personagens fraquíssimo
- História simplista e sem grande evolução
Por: Blindsnake