Quando os produtores se questiam "podemos?" e não "devemos?", acabamos com um Dating Simulator misturado com um jogo de Match-3. Porque o povo pede, eu entrego.
Não vou andar com rodeios para esta análise. HuniePop é o tipo de jogo que se compra como piada, porque raios partam, é um Dating Simulator em que os encontros são intensas sessões de Candy Crush com esteróides. O importante é, até que ponto é que o jogo tem valor como piada e tem mais alguma coisa para além deste?
Bem, as duas primeiras horas de jogo são absolutamente geniais. Como piada. O jogo começa com a nossa personagem (podemos escolher o sexo desta no início do jogo e podemos mudá-lo a qualquer momento no menu de opções... mas a única coisa que muda entre os dois sexos é algumas falas) a ser abordada num bar por uma rapariga. Depois de uma demonstração pouco impressionante pela nossa parte, a rapariga aparece na nossa casa mais tarde, mas com cabelo cor-de-rosa e asas, porque realmente é uma "fada do amor" que decidiu ajudar-nos com os nossos problemas com as mulheres. Se a situação é bastante ridícula sendo descrita, tomem em conta o tom exagerado da escrita e algumas das respostas que temos à nossa disposição. Aparece-nos um estranho em casa? Porque não responder com o clássico "como é que entraste em minha casa, vou chamar a polícia" seguido de "de onde é que vieram as asas?".
As conversas servem para dar umas boas gargalhadas e é onde está a maior parte da piada do jogo; vale a pena notar que todas as raparigas (desbloqueamos oito ao progredirmos pelo jogo e contamos depois com quatro personagens secretas, e a "fada do amor" nem é a mais estranha do grupo) têm as suas falas gravadas e o trabalho de vozes é bastante bom.
Bem, as duas primeiras horas de jogo são absolutamente geniais. Como piada. O jogo começa com a nossa personagem (podemos escolher o sexo desta no início do jogo e podemos mudá-lo a qualquer momento no menu de opções... mas a única coisa que muda entre os dois sexos é algumas falas) a ser abordada num bar por uma rapariga. Depois de uma demonstração pouco impressionante pela nossa parte, a rapariga aparece na nossa casa mais tarde, mas com cabelo cor-de-rosa e asas, porque realmente é uma "fada do amor" que decidiu ajudar-nos com os nossos problemas com as mulheres. Se a situação é bastante ridícula sendo descrita, tomem em conta o tom exagerado da escrita e algumas das respostas que temos à nossa disposição. Aparece-nos um estranho em casa? Porque não responder com o clássico "como é que entraste em minha casa, vou chamar a polícia" seguido de "de onde é que vieram as asas?".
As conversas servem para dar umas boas gargalhadas e é onde está a maior parte da piada do jogo; vale a pena notar que todas as raparigas (desbloqueamos oito ao progredirmos pelo jogo e contamos depois com quatro personagens secretas, e a "fada do amor" nem é a mais estranha do grupo) têm as suas falas gravadas e o trabalho de vozes é bastante bom.
Depois desta apresentação, a fada arrasta-nos para um encontro, para treinar. E aí é introduzida a secção puzzle do jogo. E se pensam que isto serve apenas para variar a (de outra forma inexistente) jogabilidade, desenganem-se. É provavelmente o jogo de Match-3 mais complexo e difícil que experimentei: o objetivo aqui é encher uma barra de pontuação num número determinado de jogadas de forma a surpreender as raparigas com as nossas habilidades no Match-3. Para tal, temos diferentes tipos de peças: temos quatro tipos de peças (ou "tokens") que apenas servem para aumentar a pontuação, sendo que cada um representa uma característica (talento, romance, etc.) e, dependendo da rapariga, dão-nos mais ou menos pontos por cada jogada. Temos também peças que não nos dão pontos, mas servem para aumentar um multiplicador que se aplica às peças que referi anteriormente, peças que nos dão turnos extra, peças que nos tiram pontos (a evitar) e peças que nos dão "sentiment". Este "sentiment" é o correspondente ao "mana" noutros jogos e permite-nos utilizar prendas que têm efeitos especiais (dar turnos extra, destruir uma área de "tokens" ou uma linha, etc.). Podemos mover qualquer peça livremente na coluna ou linha em que está, ao invés de a podermos só trocar com a peça adjacente como noutros jogos do género. A somar a todas estas mecânicas, vale a pena notar que a dificuldade aumenta a cada encontro, e de forma exponencial. Vão ver o ecrã de "FAILURE" mais vezes do que seria de esperar num jogo deste género...
Ao acabar cada encontro aumenta o quanto uma rapariga gosta de nós e ela manda-nos uma fotografia (que vão ficando mais escandalosas a cada encontro). Depois de quatro encontros bem sucedidos, podemos levar a rapariga em questão para o nosso quarto, para um encontro "especial"... em que (de forma contra-intuitiva) temos que encher a barra de pontuação o mais rápido possível. A maneira como estes encontros acabam deve ser bastante óbvia.
Ao acabar cada encontro aumenta o quanto uma rapariga gosta de nós e ela manda-nos uma fotografia (que vão ficando mais escandalosas a cada encontro). Depois de quatro encontros bem sucedidos, podemos levar a rapariga em questão para o nosso quarto, para um encontro "especial"... em que (de forma contra-intuitiva) temos que encher a barra de pontuação o mais rápido possível. A maneira como estes encontros acabam deve ser bastante óbvia.
Entre cada encontro podemos falar com as raparigas de forma a conhecê-las melhor. Estas conversas podem correr de duas maneiras: escolhemos uma de três perguntas relativas à rapariga escolhidas aleatoriamente de cada vez (estas perguntas são por exemplo o nível de estudos que têm, no que trabalham, que tamanho de sutiã usam, hobbies, entre outras coisas normais que se perguntam a uma pessoa que acabamos de conhecer) ou temos de responder a uma pergunta feita pela rapariga, que pode ser um teste à nossa memória, neste caso temos de nos recordar da resposta que ela nos deu a uma das nossas perguntas, ou responder a uma pergunta relativa ao que pensamos acerca de vários temas. Se acertamos as respostas recebemos um bónus de "hunie", que não é nada mais do que XP para investirmos em algumas habilidades que afetam os encontros.
Se pode parecer que isto é algo importante ou até vital para conseguirmos progredir no jogo, a verdade é que rapidamente nos apercebemos de que não serve para nada. Recebemos algum XP só por falar com elas e errar as perguntas não tem qualquer tipo de efeito negativo, e podemos simplesmente continuar a falar com elas se lhes dermos comida (porque se tiverem fome recusam-se a responder até lhes metermos uma melancia inteira pela garganta abaixo..., e isso só nos dá para lhes fazermos uma pergunta antes de voltarem a ficar com fome), pelo que se tivermos dinheiro, temos XP até fartarmos...
Toda esta mecânica de andar atrás das raparigas (esqueci-me de mencionar que a fada nos dá um telemóvel que nos diz onde estão todas as raparigas em qualquer momento: stalking de alto nível) e repetir as mesmas perguntas fica então bastante aborrecida rapidamente e acaba por parecer uma tarefa sem verdadeiro significado que somos obrigados a cumprir entre encontros. A falta de uma narrativa ou uma história para cada rapariga (como as visual novels que oferecem experiências semelhantes têm, por exemplo) tornam toda a experiência ainda mais supérflua...
Claro que ninguém joga HuniePop e espera uma história merecedora de um Pulitzer, mas como qualquer outro tipo de porno espera-se que tenha alguma coisa. Fora das secções de puzzle e dependendo de cada um, pela "arte" que desbloqueamos ao jogar, não há motivos para jogar mal acabe o valor de novidade e de piada inerentes ao jogo, e estes desaparecem mal conhecemos todas as raparigas, e estas gastam todas as suas falas em 5 minutos...
HuniePop é então recomendado a quem procura um bom jogo de Match-3 hardcore (se tal coisa existir), ou se querem alguma coisa para passar um par de horas a rir com os amigos e o jogo estiver em promoção. Mas lamentavelmente não há nada mais no jogo para nos prender ou chamar demasiado a atenção, sem contar com o hentai, mas isso deve ser fácil de encontrar na Internet de forma gratuita...
5/10
Por: Jackhitman
Se pode parecer que isto é algo importante ou até vital para conseguirmos progredir no jogo, a verdade é que rapidamente nos apercebemos de que não serve para nada. Recebemos algum XP só por falar com elas e errar as perguntas não tem qualquer tipo de efeito negativo, e podemos simplesmente continuar a falar com elas se lhes dermos comida (porque se tiverem fome recusam-se a responder até lhes metermos uma melancia inteira pela garganta abaixo..., e isso só nos dá para lhes fazermos uma pergunta antes de voltarem a ficar com fome), pelo que se tivermos dinheiro, temos XP até fartarmos...
Toda esta mecânica de andar atrás das raparigas (esqueci-me de mencionar que a fada nos dá um telemóvel que nos diz onde estão todas as raparigas em qualquer momento: stalking de alto nível) e repetir as mesmas perguntas fica então bastante aborrecida rapidamente e acaba por parecer uma tarefa sem verdadeiro significado que somos obrigados a cumprir entre encontros. A falta de uma narrativa ou uma história para cada rapariga (como as visual novels que oferecem experiências semelhantes têm, por exemplo) tornam toda a experiência ainda mais supérflua...
Claro que ninguém joga HuniePop e espera uma história merecedora de um Pulitzer, mas como qualquer outro tipo de porno espera-se que tenha alguma coisa. Fora das secções de puzzle e dependendo de cada um, pela "arte" que desbloqueamos ao jogar, não há motivos para jogar mal acabe o valor de novidade e de piada inerentes ao jogo, e estes desaparecem mal conhecemos todas as raparigas, e estas gastam todas as suas falas em 5 minutos...
HuniePop é então recomendado a quem procura um bom jogo de Match-3 hardcore (se tal coisa existir), ou se querem alguma coisa para passar um par de horas a rir com os amigos e o jogo estiver em promoção. Mas lamentavelmente não há nada mais no jogo para nos prender ou chamar demasiado a atenção, sem contar com o hentai, mas isso deve ser fácil de encontrar na Internet de forma gratuita...
5/10
Por: Jackhitman