Resident Evil 4, a versão HD de um dos grandes clássicos da Capcom procura dar um novo brilho a um jogo já de si extremamente belo. Deste modo, o jogo sofreu melhorias significativas: melhorias gráficas, um controlo apurado através do uso de teclado e rato com múltiplas possibilidades de personalização e otimização dos tempos de carregamento. Resident Evil 4 HD Edition tem, para além do jogo original todo, o conteúdo adicional, com óbvia relevância para a campanha Separate Ways.
Resident Evil 4 já há muito que deixou de ser noticia, foi sem lugar para dúvida um dos grandes jogos da série RE que na actualidade já vai no número seis, sem contar com os recentes Revelations, isto se tivermos em consideração os títulos que fazem a história evoluir, caso contrário, ainda mais jogos teriam que ser referenciados.
A história deste jogo assume a simplicidade característica da série, neste caso, Ashley Graham, que não é nada mais nada menos do que a filha do presidente dos EUA, foi raptada e cabe a Leon S. Kennedy (co-protagonista de RE2 juntamente com Claire Redfield) o seu resgate. Para que isso se verifique, Leon deve investigar uma dica que o coloca em Espanha, numa recatada vila. Mas em RE nada é o que aparenta, ao entrar na vila, Leon descobre que um culto religioso (responsável pelo rapto) soltou um perigoso parasita de nome Las Plagas que provoca um controlo mental intenso. Deste modo, os tradicionais zombies dão lugar a loucos aldeões, mais rápidos, mais intensos e capazes de fazer uso alargado de vários tipos de armamento, desde foices a armas.
Ao longo da aventura Leon terá que enfrentar uma variedade muito interessante de inimigos, desde pequenos aldeões a gigantes capazes de nos esmagar facilmente. Isto faz com que a monotonia não se apodere de nós pois estamos sempre numa expectativa constante de saber o que virá a seguir. O número de bosses também cresce consideravelmente face a anteriores títulos da série e isso também acontece por imperativos narrativos. o título da Capcom é um dos mais trabalhados a nível de história no universo RE. Não só por Leon, mas também pelos modos alternativos, com referência para Separate Ways, com a velha amiga Ada Wong. A história não tenta ser mais do que aquilo que sempre pautou os jogos RE, um individuo que se vê em circunstâncias que o superam procura a sobrevivência através do uso de capacidades inatas e uma boa dose de sorte e casualidade. Um ambiente negro envolve o jogo, mas em nenhum momento atinge os níveis sombrios dos seus antecessores. É uma história dinâmica, centrada no desenvolvimento de algumas das personagens e com uma predileção muito mais objetiva pela ação do que pelo survival horror, embora este último esteja presente em variados momentos do jogo.
A história deste jogo assume a simplicidade característica da série, neste caso, Ashley Graham, que não é nada mais nada menos do que a filha do presidente dos EUA, foi raptada e cabe a Leon S. Kennedy (co-protagonista de RE2 juntamente com Claire Redfield) o seu resgate. Para que isso se verifique, Leon deve investigar uma dica que o coloca em Espanha, numa recatada vila. Mas em RE nada é o que aparenta, ao entrar na vila, Leon descobre que um culto religioso (responsável pelo rapto) soltou um perigoso parasita de nome Las Plagas que provoca um controlo mental intenso. Deste modo, os tradicionais zombies dão lugar a loucos aldeões, mais rápidos, mais intensos e capazes de fazer uso alargado de vários tipos de armamento, desde foices a armas.
Ao longo da aventura Leon terá que enfrentar uma variedade muito interessante de inimigos, desde pequenos aldeões a gigantes capazes de nos esmagar facilmente. Isto faz com que a monotonia não se apodere de nós pois estamos sempre numa expectativa constante de saber o que virá a seguir. O número de bosses também cresce consideravelmente face a anteriores títulos da série e isso também acontece por imperativos narrativos. o título da Capcom é um dos mais trabalhados a nível de história no universo RE. Não só por Leon, mas também pelos modos alternativos, com referência para Separate Ways, com a velha amiga Ada Wong. A história não tenta ser mais do que aquilo que sempre pautou os jogos RE, um individuo que se vê em circunstâncias que o superam procura a sobrevivência através do uso de capacidades inatas e uma boa dose de sorte e casualidade. Um ambiente negro envolve o jogo, mas em nenhum momento atinge os níveis sombrios dos seus antecessores. É uma história dinâmica, centrada no desenvolvimento de algumas das personagens e com uma predileção muito mais objetiva pela ação do que pelo survival horror, embora este último esteja presente em variados momentos do jogo.
Obviamente que não podemos deixar de referir as melhorias gráficas. O jogo ganha uma nova vida, isso seria uma notícia irrelevante na maioria dos casos, mas RE4 já era em si um jogo com uma qualidade gráfica inegável. Texturas de alta definição a 60 FPS fazem a delícias de novos e velhos fãs do jogo. Tudo se mostra belo e refinado, exponenciando tudo o que o jogo tem de belo, mas também, de forma inegável, realçando algumas falhas visuais (certos objetos, edifícios e o chão onde terminam, etc.) que agora se tornam muito mais visíveis face às diferenças qualitativas a nível visual.
Observa-se que nem todo o jogo beneficiou do mesmo tratamento, especialmente o conteúdo adicional com Ada Wong, o que infelizmente tira um pouco de brilho ao excelente trabalho realizado. A qualidade visual diminui (e quem diz diminui diz mantém-se como no titulo original) o que se torna muito visível e até certo ponto incomodativo. A nível sonoro também se observa uma boa qualidade no trabalho dos atores e no controlo dos tempos da música, que envolve os mais diferentes locais. Isto porque num RE o silêncio pode ser “um dos melhores sons” a ter em consideração.
O jogo leva-nos numa jornada por locais completamente antagónicos. Lagos, vilas rústicas, castelos, minas, ruínas, laboratórios… um infindável número de locais com atmosfera própria e uma beleza ímpar.
Observa-se que nem todo o jogo beneficiou do mesmo tratamento, especialmente o conteúdo adicional com Ada Wong, o que infelizmente tira um pouco de brilho ao excelente trabalho realizado. A qualidade visual diminui (e quem diz diminui diz mantém-se como no titulo original) o que se torna muito visível e até certo ponto incomodativo. A nível sonoro também se observa uma boa qualidade no trabalho dos atores e no controlo dos tempos da música, que envolve os mais diferentes locais. Isto porque num RE o silêncio pode ser “um dos melhores sons” a ter em consideração.
O jogo leva-nos numa jornada por locais completamente antagónicos. Lagos, vilas rústicas, castelos, minas, ruínas, laboratórios… um infindável número de locais com atmosfera própria e uma beleza ímpar.
A jogabilidade é uma das melhores modificações no que à série diz respeito e um dos seus principais problemas. Comecemos pelo maior problema: a abertura dos espaços e a câmara. Estes dois fatores eram essenciais para o sentimento de stresse dos três primeiros jogos. Ouvir os inimigos e não poder olhar para eles criava uma sensação de tensão que permanecia constante. A abertura dos cenários e a possibilidade de olhar em todas as direções sem qualquer tipo de restrições fez dissipar o sentimento de estarmos em perigo constante, transformando RE4 num híbrido de survival horror e um jogo tradicional de ação em terceira pessoa. Mas isto foi apenas um pormenor, pois o RE4 original não permitia o uso do rato e deste modo estávamos obrigados a um grande esforço no uso do teclado ou então usar como acessório (quase obrigatório) um comando. Esta sim, uma das maiores falhas no port para PC.
RE4 HD mudou este paradigma adicionando o uso do rato e permitindo um controlo mais apurado do uso de armas de fogo. O uso de comando continua a ser uma opção muito válida (se calhar continua a ser a melhor opção) mas agora há uma alternativa pela qual muita gente ansiava. O combate evoluiu em RE4, sendo muito mais tático do que em jogos anteriores. A estratégia assumiu fatores relevantes, quer pela nova atitude dos inimigos, quer pela necessidade de controlar a munição ao nosso dispor. O uso da faca é essencial, sendo de uso mais recorrente na presença de inimigos mais fracos (denominados Ganados). Deste modo um tiro na cabeça desorienta-os permitindo--nos atacá-los fisicamente e atirá-los ao chão. O uso da faca nestas alturas torna-se simples e eficaz.
Temos um conjunto interessante de armas e de opções de upgrade das mesmas. O sistema é simples e basta falar com um mercador que encontramos nos mais variados locais. RE4 evolui em quase todos os parâmetros em relação a RE3, mais variedade, mais localizações, mais inimigos e mais poder de fogo. Apenas perde a nível de intensidade e tensão, sendo a falta de sangue (litros e litros) uma falha inqualificável.
RE4 HD mudou este paradigma adicionando o uso do rato e permitindo um controlo mais apurado do uso de armas de fogo. O uso de comando continua a ser uma opção muito válida (se calhar continua a ser a melhor opção) mas agora há uma alternativa pela qual muita gente ansiava. O combate evoluiu em RE4, sendo muito mais tático do que em jogos anteriores. A estratégia assumiu fatores relevantes, quer pela nova atitude dos inimigos, quer pela necessidade de controlar a munição ao nosso dispor. O uso da faca é essencial, sendo de uso mais recorrente na presença de inimigos mais fracos (denominados Ganados). Deste modo um tiro na cabeça desorienta-os permitindo--nos atacá-los fisicamente e atirá-los ao chão. O uso da faca nestas alturas torna-se simples e eficaz.
Temos um conjunto interessante de armas e de opções de upgrade das mesmas. O sistema é simples e basta falar com um mercador que encontramos nos mais variados locais. RE4 evolui em quase todos os parâmetros em relação a RE3, mais variedade, mais localizações, mais inimigos e mais poder de fogo. Apenas perde a nível de intensidade e tensão, sendo a falta de sangue (litros e litros) uma falha inqualificável.
Existe muito conteúdo adicional em RE4 HD mas de todo ele, há um que sobressai, Separate Ways em que a protagonista é a velha conhecida Ada Wong. É como uma extensão do jogo em que voltamos a passar por todos os quadros, mas agora com uma perspetiva diferente. A nível narrativo torna-se extremamente interessante pois explica muitas situações observadas na história original com Leon. Este modo também expõe o crescendo relacional que se estabelece entre Leon e Ada, essencial para RE6. A jogabilidade é a mesma, mas o facto de Ada ter movimentações diferentes, bem como usar uma arma que lhe permite deslocações para locais elevados, faz com que tudo pareça uma experiência nova. Só experimentando este modo se consegue perceber a sua importância para o jogo. Pessoalmente considero-o uma parte vital da narrativa.
Nota Final: 94/100
RE4 é um dos melhores jogos RE alguma vez criados. Se já visualmente era deslumbrante na sua vertente original, muito mais intenso fica com a melhoria gráfica. Com um ambiente de alta qualidade, uma jogabilidade sólida e uma boa banda sonora, seguir os passos de Leon torna-se um prazer constante e intenso.
Pontos Positivos:
- Qualidade gráfica
- Jogabilidade apurada
- Narrativa interessante e intensa
- Modos adicionais de grande qualidade
- Excelente ambiente de jogo
Pontos Negativos:
- Perda de identidade face a títulos anteriores
- Falta de sangue e zombies
Por Blindsnake
RE4 é um dos melhores jogos RE alguma vez criados. Se já visualmente era deslumbrante na sua vertente original, muito mais intenso fica com a melhoria gráfica. Com um ambiente de alta qualidade, uma jogabilidade sólida e uma boa banda sonora, seguir os passos de Leon torna-se um prazer constante e intenso.
Pontos Positivos:
- Qualidade gráfica
- Jogabilidade apurada
- Narrativa interessante e intensa
- Modos adicionais de grande qualidade
- Excelente ambiente de jogo
Pontos Negativos:
- Perda de identidade face a títulos anteriores
- Falta de sangue e zombies
Por Blindsnake