O primeiro “episódio” do novo jogo da série Hitman chega ao mercado a dia 11 de março, mas já experimentei a beta e deixo-vos a minha opinião sobre os dois níveis de tutorial que foram disponibilizados.
A beta de Hitman é relativamente parca em conteúdo. Foram apenas disponibilizados dois níveis, ambos tutoriais, e, como tal, a experiência que tive foi bastante “controlada”, com o jogo a indicar praticamente todos os passos a seguir ou a pelo menos dar sugestões continuamente. Isto choca com o que se espera dos jogos Hitman (exceto Absolution): a liberdade de planearmos o assassinato e de o executarmos de maneiras diferentes. No entanto, apesar das limitações da beta, consegue-se sentir isto por detrás de todos os conselhos e intrusões constantes da Diana, a sempre presente handler. Nota-se que há de facto bastantes maneiras de executarmos os nossos objetivos, algumas delas bastante imaginativas. O importante é saber se nos níveis para além dos tutoriais o jogo nos vai levar pela mão e mostrar-nos como executar cada uma das execuções ou se vai deixar-nos explorar e descobri-las por nós próprios, como fizeram Blood Money e Silent Assassin. Foi esta liberdade que tornou os jogos anteriores divertidos e lhes deu tanto valor de repetição, coisas que faltaram em Absolution, que se focou mais em tornar-se num jogo de stealth ao estilo de Splinter Cell em que em muitos níveis apenas tínhamos de passar despercebidos do ponto A ao ponto B…
De Absolution, no entanto, ficou o sistema de Instincts, embora modificado. Já não é uma barra de "mana" que se enchia ao matarmos inimigos (um sistema muito criticado quando o jogo saiu) e que nos permitia vê-los ou “escondermo-nos” por detrás da nossa mão para passar despercebidos… Desta vez não há limite na quantidade de tempo que podemos passar neste modo, mas este serve apenas para identificar os objetos com os quais podemos interagir no cenário e para localizar o alvo. Se simplifica o jogo em relação a Blood Money (em que apenas podíamos ver a localização do alvo no mapa), também não o facilita da mesma maneira que em Absolution e não “obriga” os jogadores a matarem guardas de forma aleatória só para encher a malvada barra. É um meio-termo bem-vindo, sendo que não é tão intrusivo como no jogo anterior para os veteranos da saga e dá alguma ajuda à nova geração de jogadores, que são por vezes incapazes de fazer o que quer que seja por eles próprios...
De Absolution, no entanto, ficou o sistema de Instincts, embora modificado. Já não é uma barra de "mana" que se enchia ao matarmos inimigos (um sistema muito criticado quando o jogo saiu) e que nos permitia vê-los ou “escondermo-nos” por detrás da nossa mão para passar despercebidos… Desta vez não há limite na quantidade de tempo que podemos passar neste modo, mas este serve apenas para identificar os objetos com os quais podemos interagir no cenário e para localizar o alvo. Se simplifica o jogo em relação a Blood Money (em que apenas podíamos ver a localização do alvo no mapa), também não o facilita da mesma maneira que em Absolution e não “obriga” os jogadores a matarem guardas de forma aleatória só para encher a malvada barra. É um meio-termo bem-vindo, sendo que não é tão intrusivo como no jogo anterior para os veteranos da saga e dá alguma ajuda à nova geração de jogadores, que são por vezes incapazes de fazer o que quer que seja por eles próprios...
A nivel técnico (isto no PC), o port é extremamente mau. Se a qualidade gráfica está de facto bem presente, com um bom nível de detalhe e texturas, jogar o jogo numa máquina “fraca”, mesmo estando esta por cima dos requisitos mínimos, significa constantes quebras nos FPS e ter o supersampling no mínimo (o que torna o jogo imensamente borrado e magoa os olhos). Estando o jogo em beta neste momento, é possível que isto seja reparado na versão final, mas, tendo em conta a proximidade da data de saída do jogo, o mais certo é que isto não aconteça e a plataforma que viu a série nascer seja infelizmente relegada para segundo plano, algo também aparente com os controlos, que foram obviamente desenhados para as consolas domésticas, algo que já acontece desde Blood Money ou até mais. A diferença neste caso é que enquanto que o sistema de controlos foi muito bem adaptado a rato e teclado em Blood Money, neste Hitman usar os periféricos normais do computador é pouco satisfatório e até mesmo estranho. Algo mais que pode vir a receber um update antes (ou depois) da saída do jogo.
Hitman tem os elementos necessários para voltar às raízes da série em grande, apesar de ter passado agora a um modelo episódico (ou a ser uma “plataforma”, como os produtores lhe chamam), mas a beta não nos permite explorar isto com total liberdade, o que se ocorrer nos verdadeiros níveis do jogo lhe vai tirar todo o charme, diversão e gratificação que podíamos obter da exploração.
Um jogo para o qual os fãs de longa data podem criar expetativas e que pelo menos parece bem encaminhado para ser um jogo de stealth com bastante qualidade.
Podem esperar pela análise ao primeiro episódio para breve.
Expetativa: ALTA
Por: Jackhitman
Hitman tem os elementos necessários para voltar às raízes da série em grande, apesar de ter passado agora a um modelo episódico (ou a ser uma “plataforma”, como os produtores lhe chamam), mas a beta não nos permite explorar isto com total liberdade, o que se ocorrer nos verdadeiros níveis do jogo lhe vai tirar todo o charme, diversão e gratificação que podíamos obter da exploração.
Um jogo para o qual os fãs de longa data podem criar expetativas e que pelo menos parece bem encaminhado para ser um jogo de stealth com bastante qualidade.
Podem esperar pela análise ao primeiro episódio para breve.
Expetativa: ALTA
Por: Jackhitman