Vivemos numa sociedade em constante crescimento e evolução. A tecnologia comanda todas as áreas da nossa vida, constringindo as nossas ações e alterando o nosso contexto pessoal, social ou profissional. Os laptops, tablets, smartphones, Iphones são presença em quase todas as casas. Há muito que deixaram de ser um bem supérfluo, neste momento são um bem essencial, um bem de uso contínuo e exaustivo. Mulheres, crianças, idosos, é completamente irrelevante a faixa etária ou o sexo, todos somos dependentes desta nova tecnologia, todos a usamos e todos usufruímos das suas funcionalidades.
Uma pergunta nasce no meio desta incessante evolução: o que é ser um gamer nesta nova sociedade?
Não há resposta fácil ou verdadeiramente justa. Sou do tempo em que os gamers se dividiam em “casual”, “core”, “hardcore” e “pro”, um tempo em que jogar era considerado um ato infantil, destinado a uma juventude que destruía os padrões estabelecidos a nível de diversão e entretenimento. Fazíamos parte de um nicho de mercado pouco relevante e como tal era assim que éramos vistos, nerds perdidos no seu próprio universo pessoal. Crescemos num ambiente de descriminação parental pela incapacidade destes de perceberem as mudanças que se começavam a observar a níveis comportamentais, mas sobrevivemos, e, hoje em dia, o pequeno nicho de mercado tornou-se numa das maiores e mais desejadas forças de mercado.
O crescimento informático ajudou significativamente neste salto e neste momento temos um possível gamer em todos nós, apenas se precisa de acesso e iniciação. As crianças são um público-alvo por excelência, a disponibilidade temporal e o desejo de diversão fazem delas o expoente máximo de qualquer indústria de entretenimento. Mas o mercado alargou de forma agressiva, as redes sociais ajudaram significativamente neste aspeto com o Facebook como cabeça de cartaz. A aposta desta rede social por jogos de experiência imediata e simplista ajudou a integrar pessoas que jamais sob outro pretexto experimentariam a sensação de jogar jogos eletrónicos. Começar é sempre o primeiro passo em todos os “vícios” e actualmente é difícil encontrar alguém que não “jogue”, nem que seja apenas uns minutos por dia. O facto de os telemóveis e outros meios de comunicação atuais serem autênticas máquinas preparadas para o entretenimento, facilitou largamente a adesão a esta nova forma de ser e estar.
Não tenho uma resposta concreta a esta pergunta, ser gamer banalizou-se, não é mais motivo de orgulho ou de vergonha, é um ato pessoal ou social tão normal como sair com os amigos para "ir beber uns copos”. O romantismo morreu, para ser gamer basta simplesmente “ser”…
Blindsnake (Sandro Afonso)
Uma pergunta nasce no meio desta incessante evolução: o que é ser um gamer nesta nova sociedade?
Não há resposta fácil ou verdadeiramente justa. Sou do tempo em que os gamers se dividiam em “casual”, “core”, “hardcore” e “pro”, um tempo em que jogar era considerado um ato infantil, destinado a uma juventude que destruía os padrões estabelecidos a nível de diversão e entretenimento. Fazíamos parte de um nicho de mercado pouco relevante e como tal era assim que éramos vistos, nerds perdidos no seu próprio universo pessoal. Crescemos num ambiente de descriminação parental pela incapacidade destes de perceberem as mudanças que se começavam a observar a níveis comportamentais, mas sobrevivemos, e, hoje em dia, o pequeno nicho de mercado tornou-se numa das maiores e mais desejadas forças de mercado.
O crescimento informático ajudou significativamente neste salto e neste momento temos um possível gamer em todos nós, apenas se precisa de acesso e iniciação. As crianças são um público-alvo por excelência, a disponibilidade temporal e o desejo de diversão fazem delas o expoente máximo de qualquer indústria de entretenimento. Mas o mercado alargou de forma agressiva, as redes sociais ajudaram significativamente neste aspeto com o Facebook como cabeça de cartaz. A aposta desta rede social por jogos de experiência imediata e simplista ajudou a integrar pessoas que jamais sob outro pretexto experimentariam a sensação de jogar jogos eletrónicos. Começar é sempre o primeiro passo em todos os “vícios” e actualmente é difícil encontrar alguém que não “jogue”, nem que seja apenas uns minutos por dia. O facto de os telemóveis e outros meios de comunicação atuais serem autênticas máquinas preparadas para o entretenimento, facilitou largamente a adesão a esta nova forma de ser e estar.
Não tenho uma resposta concreta a esta pergunta, ser gamer banalizou-se, não é mais motivo de orgulho ou de vergonha, é um ato pessoal ou social tão normal como sair com os amigos para "ir beber uns copos”. O romantismo morreu, para ser gamer basta simplesmente “ser”…
Blindsnake (Sandro Afonso)