É no centro das pequenas decisões que se forja a essência de quem somos.
Infamous é um jogo de ação produzido pela Sucker Punch em exclusivo para a PS3. É um jogo já com uma certa antiguidade, como é facilmente identificável pela data de lançamento, 2009.
O jogo assenta numa pergunta básica: como serias se fosses um Deus entre humanos? Responder a esta pergunta é tão simples como ir do ponto A ao ponto B, mas tão complicado como a própria perceção do bem e do mal.
O jogo assenta numa pergunta básica: como serias se fosses um Deus entre humanos? Responder a esta pergunta é tão simples como ir do ponto A ao ponto B, mas tão complicado como a própria perceção do bem e do mal.
A história de Infamous começa quando uma grande explosão ocorre no centro de Empire City (cidade fictícia). No centro dessa explosão encontra-se um corpo visivelmente danificado mas ainda com vida. O seu nome é Cole MacGrath, um estafeta que fazia o seu trabalho ordinário sem conhecimento do perigo que trazia às costas.
A explosão provoca uma onda devastadora que arrasa grande parte da cidade, a destruição é brutal, mas o portador da bomba, por incrível que pareça, ainda respira.
Somos de imediato transportados para um estilismo muito próprio no desenvolvimento narrativo. Em vez das tradicionais sequências de vídeo somos presenteados com imagens de animação (tipo cartoon) onde a narração do protagonista assume particular relevância. Aqui ficamos a saber que a explosão provocou em Cole efeitos secundários. Ganhou poderes, sendo o mais relevante o controlo da eletricidade. De facto, esta será a base de todos os poderes desenvolvidos por Cole ao longo do jogo, quer a nível de poder de destruição, quer a nível de proteção ou regeneração.
A explosão provoca uma onda devastadora que arrasa grande parte da cidade, a destruição é brutal, mas o portador da bomba, por incrível que pareça, ainda respira.
Somos de imediato transportados para um estilismo muito próprio no desenvolvimento narrativo. Em vez das tradicionais sequências de vídeo somos presenteados com imagens de animação (tipo cartoon) onde a narração do protagonista assume particular relevância. Aqui ficamos a saber que a explosão provocou em Cole efeitos secundários. Ganhou poderes, sendo o mais relevante o controlo da eletricidade. De facto, esta será a base de todos os poderes desenvolvidos por Cole ao longo do jogo, quer a nível de poder de destruição, quer a nível de proteção ou regeneração.
A destruição provocada pela explosão tem efeitos colaterais devastadores, a anarquia invadiu a cidade e agora gangues controlam grandes áreas da mesma, isto sem qualquer resistência visível pois a polícia mostra-se incapaz de os neutralizar.
Como se torna óbvio, Cole terá um papel de destaque no controlo das diferentes forças. A forma como fará este controlo é que dependerá única e exclusivamente da vontade do jogador. Simplificando, ou Cole se torna no bom ou o mau da fita. O Sistema de carma do jogo dará por diversas vezes dois caminhos a seguir: o azul (o caminho da bondade – do herói) e o vermelho (o caminho das trevas – do vilão). As escolhas acabam por estar facilmente identificadas, o que acaba por simplificar a escolha dos jogadores. Se por um lado ser bom faz que todos admirem Cole, o “lado negro” tem sempre o seu atrativo, como o facto de os poderes serem objetivamente muito mais destrutivos e espectaculares. Caberá aos jogadores perceber qual o caminho a seguir, definindo o seu futuro e o daqueles que o rodeiam.
Mas se por um lado Infamous parece uma simples história de um super-herói com dois caminhos a seguir, a verdade é que este jogo se mostra como um lufada de ar fresco no que a termos narrativos se refere. A história é contada de uma forma muito envolvente e toda a informação recolhida ajuda a aumentar a imersão na descoberta do verdadeiro vilão da história. Nada é o que parece e à medida que nos inserimos neste universo vamos percebendo que nem todos os bons são totalmente bons e nem todos os maus são totalmente maus. A complexidade narrativa de Infamous atinge o seu clímax no combate final, mas todo o percurso de Cole até ao fim se revela intenso e relevante.
Como se torna óbvio, Cole terá um papel de destaque no controlo das diferentes forças. A forma como fará este controlo é que dependerá única e exclusivamente da vontade do jogador. Simplificando, ou Cole se torna no bom ou o mau da fita. O Sistema de carma do jogo dará por diversas vezes dois caminhos a seguir: o azul (o caminho da bondade – do herói) e o vermelho (o caminho das trevas – do vilão). As escolhas acabam por estar facilmente identificadas, o que acaba por simplificar a escolha dos jogadores. Se por um lado ser bom faz que todos admirem Cole, o “lado negro” tem sempre o seu atrativo, como o facto de os poderes serem objetivamente muito mais destrutivos e espectaculares. Caberá aos jogadores perceber qual o caminho a seguir, definindo o seu futuro e o daqueles que o rodeiam.
Mas se por um lado Infamous parece uma simples história de um super-herói com dois caminhos a seguir, a verdade é que este jogo se mostra como um lufada de ar fresco no que a termos narrativos se refere. A história é contada de uma forma muito envolvente e toda a informação recolhida ajuda a aumentar a imersão na descoberta do verdadeiro vilão da história. Nada é o que parece e à medida que nos inserimos neste universo vamos percebendo que nem todos os bons são totalmente bons e nem todos os maus são totalmente maus. A complexidade narrativa de Infamous atinge o seu clímax no combate final, mas todo o percurso de Cole até ao fim se revela intenso e relevante.
Temos três áreas urbanas, mais concretamente três ilhas onde se pode circular livremente, todas elas abertas à exploração de forma progressiva. Só uma ilha inicialmente e as outras a serem desbloqueadas à medida que avançamos na narrativa.
A jogabilidade é muito dinâmica, Cole usa diversos poderes como o lançamento de raios, bombas e mísseis elétricos, entre outros. Os poderes são fenomenais e muito simples de aplicar em batalha. A agilidade do protagonista é parte integrante de toda a jogabilidade, uma vez que vai permitir aceder a quase todos os locais de forma simples e rápida. Escalar um edifício é coisa de segundos, de igual modo, podemos lançar Cole ao abismo sem perigo de perder a vida. Os únicos perigos são a água e o poder de fogo dos inimigos. Pode-se pensar que Infamous seja um jogo muito fácil, mas não é caso, estamos na presença de um jogo desafiante, com perigos em todas as esquinas e com inimigos capazes de a qualquer altura darem cabo de nós.
A jogabilidade é muito dinâmica, Cole usa diversos poderes como o lançamento de raios, bombas e mísseis elétricos, entre outros. Os poderes são fenomenais e muito simples de aplicar em batalha. A agilidade do protagonista é parte integrante de toda a jogabilidade, uma vez que vai permitir aceder a quase todos os locais de forma simples e rápida. Escalar um edifício é coisa de segundos, de igual modo, podemos lançar Cole ao abismo sem perigo de perder a vida. Os únicos perigos são a água e o poder de fogo dos inimigos. Pode-se pensar que Infamous seja um jogo muito fácil, mas não é caso, estamos na presença de um jogo desafiante, com perigos em todas as esquinas e com inimigos capazes de a qualquer altura darem cabo de nós.
Enquanto se segue a trama principal, um conjunto de inúmeras missões secundárias são ativadas. Estas missões são essenciais para o desenvolvimento do factor carma e para os recursos do protagonista de desenvolver novos poderes.
As missões são numa primeira fase diversificadas, umas com foco no combate, outras na perseguição sem ser detetados, outras na proteção e ainda outras na simples exploração. Em cada missão podemos definir que tipo de abordagem queremos seguir, isto sem descurar a ação, que é o centro de tudo e que em caso de aperto será sempre a única solução. O mais problemático é que estas missões começam a tornar-se repetitivas ao ponto de a certa altura deixarem de fazer sentido. Protege este, limpa aquele prédio de câmaras inimigas, destrói aquele camião, etc. Poderiam ter a mesma linearidade mas ser apresentadas de forma diferente, o que infelizmente não ocorreu.
Quando o jogo nos obriga a usar toda a potência de Cole a sensação de poder é absoluta e a diversão infinita. É nestes momentos que Infamous mais brilha, mesmo sem esquecer que é na narrativa principal que este jogo mais se destaca face a títulos semelhantes.
O trabalho de voz dos atores está excelente, ajudando de maneira considerável o processo de imersão. Ao longo do jogo sentimos as hesitações de Cole, o medo face ao futuro, a incerteza face aos aliados, o ódio face ao inimigo, mas, acima de tudo, a impotência face ao destino.
A nível visual o jogo está muito conseguido com bons gráficos. O jogo é de 2009 mas seria aceite ainda nos dias de hoje face ao que muitas vezes se vê no mercado. Os poderes estão muito bem retratados bem como a sensação de impacto e destruição. De qualquer forma há partes que poderiam visualmente estar mais bem retratadas, como por exemplo algumas das personagens, os edifícios e as estradas.
As missões são numa primeira fase diversificadas, umas com foco no combate, outras na perseguição sem ser detetados, outras na proteção e ainda outras na simples exploração. Em cada missão podemos definir que tipo de abordagem queremos seguir, isto sem descurar a ação, que é o centro de tudo e que em caso de aperto será sempre a única solução. O mais problemático é que estas missões começam a tornar-se repetitivas ao ponto de a certa altura deixarem de fazer sentido. Protege este, limpa aquele prédio de câmaras inimigas, destrói aquele camião, etc. Poderiam ter a mesma linearidade mas ser apresentadas de forma diferente, o que infelizmente não ocorreu.
Quando o jogo nos obriga a usar toda a potência de Cole a sensação de poder é absoluta e a diversão infinita. É nestes momentos que Infamous mais brilha, mesmo sem esquecer que é na narrativa principal que este jogo mais se destaca face a títulos semelhantes.
O trabalho de voz dos atores está excelente, ajudando de maneira considerável o processo de imersão. Ao longo do jogo sentimos as hesitações de Cole, o medo face ao futuro, a incerteza face aos aliados, o ódio face ao inimigo, mas, acima de tudo, a impotência face ao destino.
A nível visual o jogo está muito conseguido com bons gráficos. O jogo é de 2009 mas seria aceite ainda nos dias de hoje face ao que muitas vezes se vê no mercado. Os poderes estão muito bem retratados bem como a sensação de impacto e destruição. De qualquer forma há partes que poderiam visualmente estar mais bem retratadas, como por exemplo algumas das personagens, os edifícios e as estradas.
Infamous é um excelente jogo de ação em mundo aberto. A sua premissa é simples mas envolvente, ser bom ou mau fica à nossa escolha. Na maioria dos casos somos vitimas das nossas limitações, questionarmo-nos interiormente sem as mesmas é uma coisa que sempre nos deixou curiosos enquanto indivíduos.
A nível de história, Infamous é um jogo sólido com algumas surpresas muito interessantes. Não é um caminho linear na medida em que há muita informação adicional importante para o resultado final. Nem tudo é perfeito, há partes em que é óbvia a obrigação de seguir o enredo e nesse momento a nossas decisões deixam de ter qualquer valor real, mas na generalidade é sólido e de grande qualidade.
A jogabilidade é sem dúvida a estrela jogo, viciante, intensa e simples. Os poderes são fenomenais bem como a facilidade da sua execução. Tudo é bem estruturado e a sensação de destruição e poder está sempre presente em qualquer dos nossos atos.
A cidade apresenta vida e, embora seja visível que poderia ter sido melhor executada tecnicamente, a verdade é que não deixa de estar bem retratada.
Infamous é um jogo de que muito se espera visualmente e o resultado é extremamente positivo, mas é nos pequenos pormenores narrativos, como o desenvolvimento de personagens e no enredo principal que mais brilha e surpreende.
Nota Final: 90/100
Pontos fortes
Pontos fracos
Por: Blindsnake
A nível de história, Infamous é um jogo sólido com algumas surpresas muito interessantes. Não é um caminho linear na medida em que há muita informação adicional importante para o resultado final. Nem tudo é perfeito, há partes em que é óbvia a obrigação de seguir o enredo e nesse momento a nossas decisões deixam de ter qualquer valor real, mas na generalidade é sólido e de grande qualidade.
A jogabilidade é sem dúvida a estrela jogo, viciante, intensa e simples. Os poderes são fenomenais bem como a facilidade da sua execução. Tudo é bem estruturado e a sensação de destruição e poder está sempre presente em qualquer dos nossos atos.
A cidade apresenta vida e, embora seja visível que poderia ter sido melhor executada tecnicamente, a verdade é que não deixa de estar bem retratada.
Infamous é um jogo de que muito se espera visualmente e o resultado é extremamente positivo, mas é nos pequenos pormenores narrativos, como o desenvolvimento de personagens e no enredo principal que mais brilha e surpreende.
Nota Final: 90/100
Pontos fortes
- Excelente jogabilidade.
- Desempenho vocal.
- Poderes do protagonista.
- Sistema moral
- Enredo principal
Pontos fracos
- Missões repetitivas
- Limitações narrativas
Por: Blindsnake